O Projeto “Fortalecimento da Cooperativa de Catadores de JI- PARANÁ (COOCAMARJI) e apoio ao plano de gestão de resíduos sólidos do Ji-Paraná” foi desenvolvido como Compromisso Social da Jauru Transmissora de Energia e com financiamento do BNDES.

Em 2013 Socialzink fez um diagnóstico e um estudo de contexto na zona definida para a intervenção. Com uma abordagem participativa, as necessidades foram identificadas a partir dos problemas transmitidos por instituições locais, grupos de bairro, ONGs e associações comunitárias na área.

Socialzink assume a coordenação, direção e assessoramento do projeto. Acompanha o processo de implementação em todas as suas fases, desenvolvendo ferramentas de monitoramento específicas e necessárias para a justificação, visibilidade e avaliação do projeto.

Foi feito um diagnóstico inicial do sistema de trabalho da cooperativa, com análise de diferentes fatores: meios e recursos materiais, perfil dos catadores, salário, serviços, produtos, custos fixos e variáveis, lucros etc. Em uma segunda etapa, foi desenvolvido um plano de viabilidade econômica e técnica, assim como foram definidos os processos necessários para realiza-lo.

Especificamente o projeto visa contribuir para o fortalecimento institucional da cooperativa dos catadores de materiais recicláveis de Ji-Paraná, melhorando a capacidade de geração de renda e comercialização de materiais recicláveis, contribuindo para a proteção e melhoria do meio ambiente. Além disso, contempla ações e campanhas de sensibilização e educação, sobre a gestão de resíduos sólidos em alinhamento com os programas ambientais e atividades já realizadas por outras instituições públicas, incluindo a Prefeitura do Município de Ji-Paraná e o Governo Federal, por meio do programa CATAFORTE.

O projeto teve seu início em março de 2014, e foi concluído com êxito em Dezembro de 2015. Foram superados os objetivos e o impacto inicialmente previsto.

Sistema de trabalho

No início do projeto

  • A única estrutura física da cooperativa era um pequeno galpão construído pelos próprios coletores de materiais recicláveis.
  • Seu único equipamento era uma prensa e uma balança.
  • Careciam de um espaço social e de descanso, onde poder comer ou realizar sua higiene pessoal, e fazer as reuniões da cooperativa.
  • O trabalho de coleta e primeira seleção de materiais se fazia diretamente dentro do aterro, a céu aberto.
  • Desempenhavam suas tarefas individualmente e sem nenhum planejamento. Os cooperados não recebiam nenhum tipo de formação.

Na conclusão do projeto

  • Agora eles têm um Centro de Reciclagem adaptado às suas necessidades e perspectivas de crescimento, assim como um espaço social e administrativo, que lhes permite manter ótimas condições de trabalho. Contam com um espaço de trabalho de 694, 40 m2 e sede social de 200,48 m2.
  • A cooperativa tem uma boa organização de trabalho, especialização em suas funções, distribuição igualitária de benefícios e desenvolveu um Plano de Negócio.
  • Eles tem recebido formações adaptadas às suas necessidades de organização, gestão e funcionamento do centro de triagem.

Imagem e reconhecimento

No início do projeto

  • Os cooperados não contavam com o reconhecimento generalizado de seu trabalho por parte da comunidade.
  • Algumas pessoas não só não os valorizavam, como inclusive tinham uma imagem negativa deste coletivo.

Na conclusão do projeto

  • A melhoria da imagem do cooperado e do reconhecimento de seu trabalho como agente ambiental foi conseguida, principalmente, através das campanhas de sensibilização realizadas em bairros e escolas através do programa Econscientes.
  • A construção de sua sede e Centro de Reciclagem dota a cooperativa com instalações modernas onde receber seus clientes.
  • As escolas realizam visitas ao Centro para sensibilizar aos alunos sobre a importância da reciclagem e valorizar o trabalho dos catadores.

Produção e venda de materiais

No início do projeto

  • Os membros da cooperativa obtinham seus materiais diretamente da coleta no aterro após a vinda dos caminhões municipais.
  • Não contavam com um sistema de coleta seletiva de nenhum tipo.
  • A aquisição de material e transporte era feita pelos intermediários a preços muito baixos para os catadores.
  • Não tinham parceiros.

Na conclusão do projeto

  • A aquisição de equipamentos e transporte é executada diretamente pela Coocamarji.
  • Coocamarji apoia a outros catadores fora do município que não tem esses meios, comprando-lhes o material a um preço justo.
  • A Cooperativa tem aumentado o número de cooperativistas e triplicou a renda mensal que eles receberam antes de iniciar o projeto.
  • Coocamarji adicionou novos parceiros para o projeto.

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